Religiosa italiana viveu no Brasil desde os 24 anos de idade e se dedicou, de forma especial, aos mais necessitados
A Igreja católica ganhou mais uma beata
neste sábado, 25: madre Assunta Marchetti, cofundadora da Congregação
das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, as Scalabrinianas. A
cerimônia aconteceu na Catedral da Sé, em São Paulo, cidade onde a
religiosa viveu e desenvolveu todo o seu trabalho.
O rito de beatificação foi presidido pelo
Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo
Amato. A postuladora da causa, irmã Leocádia Mezzomo, leu a biografia de
madre Assunta, destacando seu serviço aos mais necessitados.
O Cardeal Amato deu sequência com a
leitura da carta apostólica com a qual o Papa Francisco inscreveu a
madre no livro dos beatos. Ficou estabelecido que a memória da beata
será celebrada todos os anos em 1º de julho, dia de sua morte.
Após a beatificação, a relíquia de madre
Assunta foi levada ao altar. Um grupo de crianças prestaram uma
homenagem à beata colocando flores próximo à relíquia exposta na Igreja.
A cerimônia continuou com a celebração da
Santa Missa, presidida pelo arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro
Scherer. Na homilia, Dom Odilo recordou a missionariedade de Madre
Assunta, seu exemplo de caridade para com os migrantes e sua vivência
extraordinária da fé.
“Pessoas santas orientaram sua vida pela
Palavra de Deus e pelo exemplo de Cristo. E Jesus mesmo falou:
bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a colocam em prática a
cada dia”, disse.
O cardeal destacou ainda a força e o
empreendedorismo da beata. Motivada por sua fé em Deus, pelo amor ao
próximo e ouvindo o chamado missionário, ela abandonou tudo para seguir a
vocação religiosa e missionária, sobretudo no serviço aos mais
necessitados. “Para eles, ela foi mãe solícita (…) Sua vida foi
orientada pela caridade de Cristo que ardia em seu coração”.
Todas as ações da vida precisam ser
motivadas por esse amor de caridade, disse Dom Odilo. Ele lembrou que as
Bem-aventuranças expressam a lógica de Deus e tantas pessoas fizeram
dessa lógica o seu jeito de viver e, assim, foram santas. “Não dá para
ser bom cristão sem viver o espírito das bem aventuranças”, disse,
acrescentando que madre Assunta dedicou toda a sua vida ao bem ao
próximo, testemunhando as bem-aventuranças.
Dom Odilo recordou que outubro é o mês
das missões e mencionou tantos missionários, a exemplo de madre Assunta,
que testemunharam a fé ao longo da história da cidade de São Paulo.
Agora, eles são intercessores do homem diante de Deus.
E recordando que 2015 será o ano dedicado
à vida consagrada, o cardeal encerrou a homilia pedindo a intercessão
da beata por todos os consagrados, para que vivam seu carisma com
alegria e generosidade.
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