16 de junho de 2014

Ser ou não ser Santo?

“Ser Santo ou não ser Santo” é uma decisão que parece que temos que tomar todos os dias em nossa vida, no entanto, para aqueles que desejam ir para o céu e fazer parte do reino definitivo de Deus, não existe outra escolha se não a de ser Santo. No início de cada jornada devemos nos colocar em posição de diálogo com o Senhor e perguntar o que preciso fazer nesse dia, qual deverá ser a minha escolha diante das mais diversas situações que se apresentarão ao longo da caminhada rotineira e no quotidiano de minhas atividades que farão com que eu escolha “ser Santo”. O resultado de todas as minhas pequenas ou grandes decisões definem o caminho que estou tomando, definem por qual das posições escolhi para lutar - “Ser ou não ser Santo”.
Em nosso dia a dia a expressão “ser Santo” pode soar estranha, visto que o mundo nos lança diversas situações totalmente contrárias em quase todas as suas demonstrações. Somos colocados à prova diariamente e, por diversas vezes, sejam em nossas inter-relações pessoais ou nas profissionais, sendo aqui a resposta clara, não se afastar da palavra de Deus: “Não te afastes dela nem para direita nem para a esquerda” (Josué 1, 7). Se o desejo de nosso coração é chegar à terra prometida (ser Santo), para nós que cremos, não nos resta outra coisa.
Fora de nosso meio – os que vivem a mesma fé através das atitudes da vida, aqui me refiro às pequenas atitudes concretas de ação ou reação diária, refiro-me àqueles que lutam para viver o que professam a cada segundo, nos pensamentos, nas atitudes e nas palavras – “ser Santo” parece algo tão distante, tão longe para os que vivem num outro mundo, que viver distante da fé ou na superficialidade, na aparência externa, parece ser a forma correta e justa. Medir o quanto faço, o quanto ajudei, o quanto pareço bom é a medida certa e justa.
Ser Santo não significa não errar ou não ter errado, ser santo significa que a partir do momento que reconheci Jesus como Senhor, lutei diariamente, verdadeiramente, para que o nome do Senhor fosse elevado, lutei insistentemente para não cair, lutei com todas as minhas forças para testemunhar o amor do meu coração, vindo do coração de Jesus. E quando caí, lembrei-me da misericórdia do Senhor e do quanto Ele fez e faz para que eu possa ser salvo e busquei, através do Sacramento da Reconciliação, voltar para o meu Deus. Ser santo significa buscar o auxílio do Senhor quando perceber que está afundando e dizer “Senhor, salva-me!” (Mateus 14,30). Ser Santo é usar dos meios que recebemos do Senhor: A Ação do Espírito Santo em cada atitude, a força do Espírito para as boas ações, o diálogo diário e a cada instante, os sacramentos – em especial o da Eucaristia e da Reconciliação – e nesses, o maior auxílio dos Santos, a misericórdia de Deus.
Para que toda a luta, todo o esforço, todo o sacrifício tenha algum fruto de santidade é necessário que tenhamos sobre nós a ação direta do Espírito Santo de Deus, o “Espírito que nos dá a força” (Atos 1, 8). Para qualquer obra, seja em pensamentos ou em ações, necessitamos da força do alto, pois conforme diz o Senhor “sem Mim nada podeis fazer” (João 15,5) e mais “praticamos as boas obras que de antemão o Senhor preparou para nós” (Efésios 2,10). Só assim seremos capazes de SER SANTOS.
Paulo Giunani Mecabô
Coordenador estadual da RCC no Rio Grande do Sul

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